A Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED DF), divulgada nesta quarta-feira, 30, revela uma taxa estável no último mês, passando de 18,1% em agosto para 17,9% em setembro de desempregados. Em relação ao último ano (setembro de 2017 a setembro 2018), houve uma diminuição do número de desocupados de seis mil pessoas. Neste mesmo período, ocorreu uma expansão do nível de ocupação de 46 mil pessoas, quantitativo superior ao crescimento da População Economicamente Ativa – PEA, hoje em 40 mil trabalhadores. Quanto ao número de carteiras assinadas, mesmo com a estagnação dos indicadores, houve um acréscimo substancial de sete mil carteiras. A PED é realizada pela CODEPLAN, em parceria com o DIEESE, Fundação SEADE e Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedesmitdh).
O setor da construção civil, apontado como um dos principais balizadores de crescimento econômico, foi o que mais contribui com a oferta de emprego no período, chegando a três mil novos postos de trabalho no Distrito Federal. A área de serviços teve um crescimento de oferta de postos de trabalho na casa de 1,7%, ou seja, 17 mil novos empregos ocupados no mês de setembro último, totalizando 51 mil nos últimos 12 meses. O Secretário-Adjunto do Trabalho, Wagner Rodrigues de Souza, comentou o resultado da pesquisa, argumentando que mesmo com a insegurança jurídica e consequentemente econômica que atravessa o país, o Distrito Federal tem muito a comemorar:
– A aceleração de ofertas de emprego no DF é um bom indicador e nos mostra que a “casa” está arrumada. Bons ventos sopram para um futuro promissor e a tendência do mercado é também um crescimento da renda do pai de família, explica o secretário adjunto.
Um indicador da pesquisa que vem se repetindo ao longo dos meses é o elevado índice de desempregados, 27,1%, sem qualificação profissional. Segundo Lúcio Rennó, presidente da CODEPLAN, uma parceria com o Ministério do Trabalho irá contribuir para qualificar a capacitar a mão-de-obra local: “ estamos assinando um convênio com o Ministério do Trabalho para intensificar a qualificação dos trabalhadores aqui do DF”.
Mulheres conquistam mais vagas
Com crescimento de 1,5% entre agosto/setembro, as mulheres conquistaram 20 mil novos postos de trabalho, somando no último ano 46 mil vagas ocupadas aqui no DF.
No Brasil, a remuneração média do homem é de R$ 2.408,00 contra R$ 1.863,00 da mulher. E em relação as mulheres negras, a diferença é ainda maior. Uma mulher branca tem uma renda média de R$ 2.331,00 enquanto o homem recebe R$ 3.137,00. A mulher negra ganha em média R$ 1.366 contra R$ 1.740,00.(Instituto Locomotiva/IBGE).
Por Carlos Britto